“O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.”
Guimarães Rosa
Eu deveria fazer um texto amaldiçoando o mundo, deveria fazer um texto exigindo respostas que, no fundo, eu sei que não virão, eu deveria fazer um texto vitimando-me, eu deveria fazer o texto mais revoltado dos últimos tempos, deveria escrever sobre tanta coisa, deveria fazer tantos textos, ou então eu deveria me calar. Nada disso resolveria.
No entanto eu venho escrever sobre isso ou aquilo. Publicar em um blog tira, de certa forma, a culpa de ter que compartilhar “problemas” com este ou aquele amigo. Penso que ninguém tem que ouvir as minhas lamentações. No blog, simplesmente escrevo, se você ler: bem, se não ler: amém.
Talvez eu afogue todo esse mau tempo no Carnaval, extrapole, enlouqueça por quatro ou cinco dias – sinto que tenho esse direito, não me julgue. Acompanhe-me. Talvez eu não faça nada disso. E então, R E C O M E Ç A R E I.
Lenta, impaciente, vacilante, mas forte.
É clichê, mas a vida é feita mesmo de escolhas, oportunidades e, principalmente, de sonhos (não necessariamente nesta ordem). Eu escolhi acreditar no meu sonho, por mais impossível que ele possa parecer. Se esta foi a escolha certa ou errada, vai depender de mim ao longo do caminho. Nossos sonhos sempre dependem mais de nós mesmos, ainda que a adversidade seja uma muralha bem grande na nossa frente com um letreiro piscando: Desista.
Uma ressalva, caro leitor: ainda que você seja dono de seu próprio destino, há de ter fé! Fé em qualquer coisa, mas tenha fé. Alguém já deve ter lhe dito que sozinho não se chega a lugar nenhum, e eu posso acrescentar: haverá situações em que a única coisa em que você poderá se apoiar será na sua fé.
Se os sonhos mudarem – sim, eles mudam o tempo todo – mude com eles. Tenha coragem para mudar o percurso, enfrentar o desconhecido e o conhecido também, uma, duas, três vezes mais. Faça isso até quando achar que pode, até chegar ao seu limite e fique sabendo: toda vez que achamos que já chegamos ao nosso limite, podemos agüentar um pouco mais.
Esta é minha última tentativa, é o “um pouco mais” do meu limite. Pode dar certo, pode não dar. Eu sempre soube que não ia ser fácil. E se assim for, eu vou encarar o outro percurso. Eu vou cair, chorar, respirar, levantar, vacilar e... continuar.
Ps.: Gostaria de agradecer muitíssimo ao Goianésia e ao Félipe, em especial, por disponibilizar este espaço. Espero, numa outra ocasião, se permitirem, claro, publicar algo mais light e animador.
=D
Kary
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